domingo, 28 de junho de 2009

Hipomania & Ecletismo

... parece o título de uma dissertação, mas não é!

Pelas bandas dissolutas, a hipomania tem vindo a adquirir uma nova significação, com o passar do tempo: comprar a rodos é sinonimo de ecletismo.

Vide artigos em anexo:


(Tristan und Isolde - Sawallisch, Bayreuth 1957, com Nilsson, Windgassen, Hoffmann e Greindl; La Sonnambula - Viotti, 1988, com Devia e Canonici)



(La Cenerentola - Ferro, 1983, com Valentini-Terrani, Araiza, Dara e Corbelli; West SIde Story - The original sound track recording)



(Lady in Satin - Billie Holiday; Cat on a Hot Tin Roof)



(Édipo Rei - Pasolini)


Há uns bons dez anos, em Paris, no Châtelet, assisti a uma récita de Outis (Berio), com a ajuda de Deus Nosso Senhor, Pai de todos, etc., etc.

Da dita récita retive o brilho de um tenor magnífico: Luca Canonici.

Hoje, durante o meu episódio maníaco, descobri a La Sonnambula que acima ilustrei a um preço irresistível – cerca de €6! O melhor ainda está para vir... Os intérpretes da peça de Bellini são, nada mais, nada menos, que Mariella DEVIA e Luca CANONICI, numa live recording, captada em 1988!!!

Agora, caro, fiel e paciente leitor, pergunto: o que é feito deste grande tenor???

4 comentários:

Anónimo disse...

Certamente que um Tristão com o par Nilsson-Windgassen está acima de qualquer comentário. O único será os aspectos técnicos relacionados com o som.
Vi a malograda Lucia Valentini-Terrani em 1985 no São Carlos, precisamente na Cenerentola e guardo uma excelente recordação. Era uma perfeita rossiniana.
A Gata em Telhado de Zinco Quente é aquela obra-prima que todos conhecemos, escondendo uma realidade (a homossexualidade), inaceitável nas telas daquele tempo, com o par mais bonito do cinema, e que merecia uma análise do João.
Raul

Il Dissoluto Punito disse...

Caríssimo Raul,

Folgo em revê-lo por estas bandas! Não há censuras perfeitas ;-)

Logo que veja o filme, comentá-lo-ei. A verdade é que, apesar de sempre ter ouvido falar (bem) do dito, jamais tive ocasião de o visionar.

Um grande abraço,
joão

J. Ildefonso. disse...

O filme é fantástico e dum erotismo verdadeiramente tórrido. A não perder! Mudando de assunto, o Luca Canonci tinha um timbre muito bonito mas que uma técnica precária não permitiu fazer uma longa carreira porque rapidamente o timbre perdeu qualidades, os agudos ficaram limitados e o cantor não controlava a voz. Vi-o, salvo erro, em 2003 no Eugene Oneguin, devia ser o elemento mais jovem do cast e foi de longe, mas muito longe, o elemento mais débil.

mr. LG disse...

Cat on a Hot Tin Roof de Richard Brooks é um daqueles filmaços dos Fifties (1958) ,com, além de um cada vez mais performings arts Mr. Newman, excelentíssimos confrontos dramáticos entre este e Miss Taylor (para mim, a eterna Cléopatra por excelência e para toda a história do cinema também, perdoem-me Miss Claudette Colbert e Mr. De Mille em 1934), embora Miss Taylor comece a deixar para trás a imagem Miss Perfect MGM e comece a ser a eterna LA TAYLOR!
Também excelentíssimos confrontos dramáticos entre mr. Newman e mr. Burl Ives, quem na realidade rouba o filme totalmente a seu favor, num excelentíssimo Harvey 'Big Daddy' Pollitt. Ganhou o Óscar de Melhor Actor Secundário nesse ano com “The Big Country” (1958) de um outro não menos superlativo senhor: o realizador William Wyler. Mas, acho a prestação de Burl Ives neste filme que estou a citar, e que também já vi, bem inferior a Cat on a Hot Tin Roof.
Também por lá anda uma grande Dame do teatro anglo saxónico, hoje em dia muito esquecida: Dame Judith Anderson em Ida 'Big Momma' Pollitt. Lembram-se da governanta de Rebecca (1940) de Alfred Hitchcock, Mrs. Danvers? Exactamente! Dame Judith Anderson!
Outra superlativa que por lá anda e destaca-se muito neste filme é Madeleine Sherwood que nos dá uma soberbíssima Mae Flynn Pollitt.
... até que enfim Dissoluto, que acertamos no cinema… hein?
;-D
See Ya
Mr. LG