sábado, 26 de janeiro de 2008

Preconceitos & Diapasons d'Or, ossia Dar a Mão à Palmatória (?!)

A Diapason (que não é propriamente a rainha da imparcialidade...) sempre ostracizou Angela Gheorghiu. Pessoalmente, o desdém com que a olham decorre de tudo menos das qualidades técnicas e interpretativas da criatura.

Gheorghiu é uma intérprete de referência, não sendo uma grande cantora. As suas colegas – rivais (Fleming, Vaduva, Swenson e Netrebko, entre muitas, muitas outras), arrumam-na a um quanto, em matéria de disciplina e beleza de timbre.

Gheorghiu é caricata, pelo narcisimo frágil, deslumbramento e – há que dizê-lo... – pela indisfarçável parolice. Dada à vida mundana, qual diva da periferia, Angela vai cavando a sua sepultura artística...

O certo é que a citada (snob) Diapason tece rasgados elogios ao último trabalho da intérprete romena, distinguindo-o com um invejável Diapason d’or!



Por ora, nada digo do trabalho em questão. O preconceito assumido impediu-me – sequer – uma aproximação mais distendida do artigo...

Vou ver se atiro o preconceito para trás das costas!

Em tempos, também eu já fui snob...

Curiosamente, a última vez que tal faceta exibi foi... com a Gheorgihu!

Antecipadamente, adquirira bilhetes para o último recital da senhora em terras lusas, na Gulbenkian. Eis senão quando, quis o destino que uma apreciável soma de vil metal me entrasse na conta bancária e... zássss! New York, aí vamos nós!

Aqui para nós, NY tem um predicado, lá para os lados do Lincoln Center, Met de sua graça!

Na época, a soberana Mattila – essa sim, em todo o seu esplendor! – preparava-se para estrear uma nova Salome.

Não hesitei um segundo e mandei a romena pastar.

As loiras sempre foram a minha perdição...

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