quarta-feira, 19 de setembro de 2007

30 Anos...



... e 3 dias volvidos sobre o trágico desaparecimento da maior lenda lírica do século XX, eis o meu best of Maria CALLAS. Trata-se de uma lista (não exaustiva) extensa e diversificada, prova da amplitude e diversidade de recursos vocais, cénicos, interpretativos e dramáticos da última grande grega.

Obviamente, o lapso deste blogger – porventura um dos maiores cultores do génio e mestria de La Divina -, que consistiu no esquecimento da dolorosa data do desaparecimento da dita cuja, tem a sua explicação: por estas bandas, a Callas permanece entre os vivos, como bem atestam os seus 16 registos indispensáveis!

Acresce à justificação a circunstância de Il Dissoluto Punito nutrir pouca simpatia por efemérides deste calibre. Dito isto, por altura do centenário do nascimento de Maria Callas, se este espaço resistir, seguramente serei um dos mais entusiastas poster´s.

Quanto à citada lista, organizei-a de acordo com dois critérios: (1) Os Triunfos – Belcanto (Lucia di Lammermoor, Anna Bolena, Norma, La Sonnambula, Il Barbiere di Siviglia), Verdi (La Traviata) e Verismo (Tosca); (2) as interpretações heterodoxas do romantismo italiano – Verdi (Un Ballo in Maschera, Macbeth, Il Trovatore, Rigoletto), Ponchielli (La Gioconda) e Cherubini (Medea).

(1)






(2)






Nota: a negrito (da minha responsabilidade) destacam-se as óperas que mais celebrizaram a intérprete

1 comentário:

Anónimo disse...

Imaginemos uma Maria Callas A e uma Maria Callas B. A Maria Callas A é a voz fabulosa que todos conhecemos, a Maria Callas B é o soprano da Sonâmbula, do Rigoletto, da Lucia,..., mas nunca aborda a Norma, a Aida, a Gioconda,...
Terão o mesmo valor as interpretações da Amina, da Gilda, da Lucia, todas muito grandes, mas com rivais, da Callas B que as mesmas interpretações pela Callas A? Penso que não. O que torna únicas estas interpretações da Callas A é o facto de as alternar com a Norma, a Gioconda a Lady,.... Conclusão e querendo dar razão ao meu raciocínio: é nas interpretações onde ela é única e sem rivais ao ponto de, para os melómanos, se identificar com as personagens, servindo tiranicamente de modelo e de termo de comparação (Quem ouve um outro "Sediciozi voci" e não compara logo com a Callas ?)que coloco como primeira referência para a Callas:
Norma, Medea, Gioconda, Macbeth, Anna Bolena.
Mas a Callas é fabulosa em todo o Bellini, na Lucia, na Traviata, no Baile de Máscaras e na Tosca.
Nas outras óperas tem muito poucas - às vezes só uma - competidoras que a ultrapassam, como é o caso da Price no Trovador e Aida e da Tebaldi na Força do Destino e na Bohéme.
Raul